Radicalmente complicado
é o caminho do fado
que se desgarra do meu peito
desde a mortalha ao leito
Desde a foz à nascente
que a minha alma mente
e se esquiva paciente
às provocações da gente
quinta-feira, janeiro 22, 2004
Fado no Twins
Ontem à noite fui aos fados, numa discoteca chamada Twins que fica na Foz do Douro.
Fiquei a imaginar a cigana Severa, irrompendo portas dentro com o Marquês de Marialva e a lançar num só fôlego: "-Dê-me um gim tónico em copo de três, ou saco a navalha da liga". Depois, era ver aquela gente de voz afectada a ficar des-Norteada, o Armandinho a "incendiar" a guitarra e a Severa a voz do seu coração. Tanta raça ecoaria naquele salão! que os primos da Isabel, do mais novo ao ancião, se prostrariam pelo chão. No final ninguém falava, só um homem se levantava, e a tremer balbuciava: Você é boa. Boa, boa...
Fiquei a imaginar a cigana Severa, irrompendo portas dentro com o Marquês de Marialva e a lançar num só fôlego: "-Dê-me um gim tónico em copo de três, ou saco a navalha da liga". Depois, era ver aquela gente de voz afectada a ficar des-Norteada, o Armandinho a "incendiar" a guitarra e a Severa a voz do seu coração. Tanta raça ecoaria naquele salão! que os primos da Isabel, do mais novo ao ancião, se prostrariam pelo chão. No final ninguém falava, só um homem se levantava, e a tremer balbuciava: Você é boa. Boa, boa...
quinta-feira, janeiro 08, 2004
terça-feira, janeiro 06, 2004
Das noites ressuscito para os dias
para a vertigem do que vejo
Já não tenho nada a perder
E porque haveria de ter!
se a unica coisa que se mantém em mim é o ser
Mas no meio do turbilhão vem o medo
esse monstro deselegante
que deforma o que somos e nos faz temer
daquilo que nunca é tão mau assim acontecer
para a vertigem do que vejo
Já não tenho nada a perder
E porque haveria de ter!
se a unica coisa que se mantém em mim é o ser
Mas no meio do turbilhão vem o medo
esse monstro deselegante
que deforma o que somos e nos faz temer
daquilo que nunca é tão mau assim acontecer
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