quarta-feira, fevereiro 04, 2004

Almeida

Estou farto da poesia
que gira na espiral de mim mesmo
E a dor!! essa puta
que encharca de fel
o autocarro das putrefações
conduzido pelo proleta Almeida,
ele também masturba-a-dor
das cartas dos amantes
que viram um reflexo pensando ser esse o céu.
Com tiras flurescentes no arfante peito
e uma vassora de bruxa na sapiente mão
tudo fica disposto a seu jeito
no passeio e no alcatrão
O Almeida não é um mito
é o redentor da urbana civilização
Nas ruas em que naufrago
vejo-o afastar-se cada vez mais pequenino
Carregando o caixote de lixo do meu destino...

Sem comentários: